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Corpos de Marielle Franco e motorista Anderson Gomes são enterrados no Rio
Internacional
Publicado em 16/03/2018

Marielle e o motorista foram mortos a tiros na noite desta quarta-feira no Estácio, Centro do Rio. Velório dos dois aconteceu na Câmara de Vereadores e durou cerca de 1h30 com homenagens e aplausos.

 

Os corpos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, assassinados nesta quarta-feira (14), no Estácio, Zona Norte do Rio, foram enterrados por volta das 18h sob forte emoção de amigos e de familiares.

O corpo de Marielle chegou por volta das 17h30 ao Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária. Já o corpo do motorista Anderson Gomes, foi enterrado no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. Os cortejos aconteceram no mesmo horário.

Marielle e Anderson foram velados por cerca de 1h30 na Câmara de Vereadores do Rio.

Despedidas

 

Antes do enterro de Marielle, a família e amigos se reuniram em oração na entrada do cemitério. Ao lado do caixão a família rezou um Pai Nosso e amigos aplaudiram e gritaram palavras de ordem: "Marielle Franco, presente agora e sempre". O cortejo até o local do sepultamento foi acompanhado apenas pela família e amigos.

Em Inhaúma, o cortejo de Anderson também foi acompanhando pela família e amigos. A mulher dele, Ágatha Arnaus Reis, estava muito emocionada e permanceu todo o tempo ao lado do caixão. Ela rezou baixinho e se despediu do marido com um beijo. Na hora do sepultamento, orações e aplausos.

     Homenagens

Um ato em frente à Câmara de Vereadores, no Centro, prestou homenagens à vereadora Marielle e ao seu motorista desde o final da manhã desta quinta-feira. Os corpos chegaram ao Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, por volta das 14h30.

No momento da chegada houve muita comoção e aplausos. Muito emocionado, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) ajudou a carregar o caixão de Marielle. A cerimônia foi reservada aos familiares e convidados.

Os manifestantes chegaram na Cinelândia aos poucos. Por volta das 11h desta quinta-feira (15), centenas deles estavam concentrados em frente à Câmara Municipal, e um ato ecumênico foi realizado na escadaria do local. Entre palavras de ordem, cartazes e cantos, eles lamentaram o assassinato da vereadora.

“É triste, muito triste, mas essa condição da morte da Marielle não é uma novidade. Basta ver o que aconteceu com a juíza Patrícia Acioli, assassinada em Niterói por combater PMs corruptos. No Brasil é assim: qualquer um que lute contra a corrupção e defenda os direitos humanos está em risco. E as forças de segurança, é claro, não fazem nada”, comentou o deputado federal Chico Alencar.

Crime

 

A vereadora foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, por volta das 21h30 desta quarta. Além de Marielle, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução.

Segundo as primeiras informações da polícia, bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Os criminosos fugiram sem levar nada.

A polícia acredita que os assassinos seguiram o carro onde estava a vereadora desde o momento em que ela saiu do evento onde estava na Lapa, no Centro do Rio, na noite desta quarta. Ela pode ter sido perseguida por cerca de quatro quilômetros.

Fonte G1 notícias

 

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