Paulo Maluf pode ficar no presídio, diz laudo do IML
27/12/2017 07:41 em Politica

O laudo emitido pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de Brasília para a Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal informou que o deputado federal que Paulo Maluf (PP-SP) tem doença grave, mas o presídio da Papuda tem condições de prestar atendimento ao deputado.

O laudo foi enviado na última sexta (22) à VEP e servirá de base para a Justiça decidir definitivamente sobre o pedido de Maluf para cumprir a prisão domiciliar - o pedido já foi negado na semana passada, mas pode ser revisto.

Os advogados do deputado argumentam que Maluf sofre de problemas de saúde como câncer de próstata, hérnia de disco, problemas cardíacos e movimentos limitados e, por isso, pedia prisão domiciliar.

Histórico

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 7 anos e 9 meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. Maluf está na mesma cela do ex-senador, Luiz Estevão. O local, com capacidade para 10 detentos, tem 30m² e conta com camas do tipo beliche, chuveiro e vaso sanitário.

Além da prisão, o STF determinou a perda do mandato de Maluf. A assessoria da Câmara dos Deputados informou que os salários, benefícios e verba de gabinete do parlamentar serão suspensos. O presidente da Casa, Rodrigo Maia, afirmou, no entanto, que decidirá no dia 27 deste mês sobre a situação do deputado.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Maluf recebeu propina de contratos públicos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS, no período em que foi prefeito da cidade de São Paulo (1993-1996). Os recursos teriam sido desviados da construção da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho. O custo total da obra foi cerca de R$ 800 milhões.

As investigações se arrastaram por mais de 10 anos, desde a instauração do primeiro inquérito contra o ex-prefeito, ainda na primeira instância da Justiça. Os procuradores estimaram em US$ 170 milhões a movimentação de recursos ilícitos. O Supremo assumiu o caso após a eleição de Maluf como deputado.

Maluf foi condenado em maio pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. O colegiado entendeu que ele movimentou quantias milionárias em recursos ilícitos localizados em contas nas Ilhas Jersey. Apesar de julgar pela prescrição do crime de corrupção passiva, os ministros votaram pela condenação por lavagem de dinheiro.

FONTE JORNAL DO BRASIL

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